terça-feira, março 13, 2007

Solidão


Um banco perdido nas margens do rio na solidão da noite à espera de alguém para preencher o seu vazio.

quarta-feira, março 07, 2007

A Hora

Conto as horas, os minutos e os segundos até te ver, sozinho na minha perdição à espera de um sinal teu que nunca chega. Os dias passam mais rápido que as horas e eu continuo a olhar para o relógio como se estivesse a ver uma qualquer pintura magistral. Já não tenho noção do tempo, só sei que ele passa mas não a minha saudade. O meu relógio parou marcando a hora do nosso último encontro os ponteiros não se movem tal como o meu desejo de te abraçar.

domingo, março 04, 2007

Chuva



Embora lave o medo que há do fim

A chuva apaga o fogo que há em mim

Oiço a voz de quem me quer tão bem

E fico a ver se a chuva a ouvirá também


Ornatos Violeta in Chuva

domingo, fevereiro 18, 2007

Torre dos Clérigos

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Behind the Wheel


Tunel da Ribeira - Porto
Aproveito esta imagem para colocar aqui a letra de uma das minhas músicas preferidas dos Depeche Mode.
My little girl
Drive anywhere
Do what you want
I don't care
Tonight I'm in the hands of fate
I hand myself
Over on a plate
Now
Oh little girl
There are times when I feel
I'd rather not be
The one behind the wheel
Come
Pull my strings
Watch me move
I do anything
Please
Sweet little girl I prefer
You behind the wheel
And me the passenger
Drive
I'm yours to keep
Do what you want
I'm going cheap
Tonight
You're behind the wheel tonight


Depeche Mode - Behind the wheel - 1988

sábado, fevereiro 03, 2007

Ruas Frias

Ruas frias despojadas de vida, sem identidade, sem alegria, na triste melancolia de cada pedra da calçada de cada degrau que sobe incessantemente sem aparente destino, locais por onde apenas penetram alguns raios de luz, onde o cinzento é a melhor cor que se pode aplicar. Passagens escuras, estreitas e sujas com o suave encanto de outros tempos. Será que por aqui já correram crianças nas suas brincadeiras, será que casais de namorados já se amaram nestas escadas, será que os velhos já percorreram mais vezes estes locais? Estas são as ruas frias já mortas lotadas de rostos negros e perdidos. Ruas frias do meu nada, apenas o vazio e as recordações. Ruas frias da minha cidade.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Pontes


" ...A ponte é uma passagem
P'ra outra margem

Desafio pairando sobre o rio

A ponte é uma miragem..."

Jafumega in "Ribeira" - 1980

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Metro do Porto



domingo, janeiro 28, 2007

Algures no Porto


sábado, janeiro 27, 2007

Desejo-te

Desejo ver-te, todo o tempo que estou contigo parece-me tão pouco e tudo o que tenho para te dizer nunca sai. Desejo sentir o cheiro do teu perfume, ouvir o som da tua voz. Desejo sentir os meus braços ao redor do teu corpo num longo abraço, desejo beijar a tua boca. Desejo-te.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Cidade a Preto e Branco





domingo, janeiro 14, 2007

Uma folha na água



Uma folha na água que desliza sem parar, caída de uma árvore que um dia a deixou partir, assim somos nós, como uma folha que cai num rio e que é levada pela corrente sem saber onde vai acabar. Todos nós somos uma folha que um dia, eventualmente, irá deixar a sua árvore em busca de um rumo novo. O rio que nos guia é o espaço e a sua corrente é o tempo. Como uma folha somos a flutuar pela vida as vezes mergulhamos noutras vezes flutuamos, mas o mais importante é seguir o trajecto que nos leve ao mar onde por fim podemos encontrar aquilo pelo qual lutamos corrente abaixo.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

Chegaste.

Finalmente te vejo, uma luz que me ilumina, algo de belo que sinto poder alcançar, algo que tu trouxeste sem te aperceberes sei que ainda não sabes mas eu sinto algo de diferente em mim.
As escadas que subo na tua direcção ainda são íngremes, mas também só assim vale a pena, a luta, o desafio, espero que no final consiga vencer, pelo menos a tentativa, essa haverá sempre da minha parte. Não sei porque mas desde que olhei para ti que senti que mudei dentro do meu peito surgiu mais calor, enfrento cada dia com mais optimismo. Anda não sabes aquilo que realmente sinto também não interessa este momento não seria apropriado para tu me veres com toda a transparência.
Chegaste, agora só tenho de lutar.

domingo, outubro 08, 2006

Talvez

Vieste até mim guiada por algo que não se compreende, chegaste e eu estou aqui tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Nunca pediste muito de mim, tudo que querias era ouvir as palavras que nunca te disse, estranho, as palavras por vezes custam sair, e quando saem nunca são aquilo que esperávamos. Dentro de mim existe uma tempestade que não me permite responder, o medo do passado que me assombra, o medo do futuro, talvez, mas não me parece porque sempre ergui a cabeça.
Choras, porque choras? Choro? Não, não choro.
É madrugada, não consigo dormir, penso em tudo o que se passa a minha volta, não encontro soluções, para já, resta-me esperar para solucionar tudo, pergunto-me se tu também vais esperar, eu sei que não, mas fico feliz não quero que sejas a prisioneira das minhas palavras, ou melhor, daquilo que não te disse. Entretanto ficam as dúvidas no ar do “talvez” e do “se”, mas isso não sei responder, não agora, talvez, se um dia existir o nós e não o eu e o tu.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Onde estou?

Dei por mim a vaguear numa enorme planície pela noite olho para o céu está lua cheia, e esta parece estar muito mais perto da terra nunca a tinha visto daquele tamanho, a paisagem á minha frente parece tipicamente mediterrânea com oliveiras aqui e além, mas o cheiro é diferente, algo exótico, não consigo descortinar. Continuo a caminhar fascinado com aquele local, até que, certa altura começo a ouvir vozes não muito longe do sitio onde me encontro, decido ir em direcção aos sons.
Cada vez se torna mais forte o barulho, ouço guitarras, alguém a cantar, som de palmas, chegando mais perto daquele lugar observo então uma enorme fogueira com pessoas à volta, posso ver também carroças, tendas, alguns animais, cavalos talvez, cães, galinhas, de repente a música pára fui descoberto.
Uma bela mulher, jovem, dirige-se a mim o seu tom de pele é escura quase como morena, tem um cabelo longo e liso e uns olhos verdes como jade, pergunta-me sem medo quem sou, e se quero comer algo, sem saber porque eu aceitei, ao vê-la senti-me estranhamente reconfortado, seduzido, apaixonado e, talvez hipnotizado.
Sentei-me a volta da fogueira com os restantes membros daquela comunidade, trouxeram-me vinho e carne assada, e, eis, que começa outra vez a música num ritmo muito parecido com o flamenco, o som começa a envolver-me como se tivesse entrado em transe a mesma rapariga que falou comigo começa a dançar e vem lentamente aproximando-se na minha direcção, quando finalmente chega ao pé de mim senta-se e envolve-me nos seus braços, nunca me tinha sentido assim, não sei se seria do vinho, da música, da paisagem, mas havia algo ali que me completava.
A última coisa que me lembro é de adormecer aos braços dela, engraçado, aos braços dela, nunca lhe perguntei o nome, talvez seja melhor assim.
Onde estou?
Acordei. Estou em casa, deitado na minha cama, como pode ser? Sonhei? Sim só pode ser isso, foi tudo um sonho, do mais real e mais belo que tive um sonho uma historia fantástica, mas se assim é porque que ainda sinto o perfume que tanto me intrigou?