domingo, outubro 08, 2006

Talvez

Vieste até mim guiada por algo que não se compreende, chegaste e eu estou aqui tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Nunca pediste muito de mim, tudo que querias era ouvir as palavras que nunca te disse, estranho, as palavras por vezes custam sair, e quando saem nunca são aquilo que esperávamos. Dentro de mim existe uma tempestade que não me permite responder, o medo do passado que me assombra, o medo do futuro, talvez, mas não me parece porque sempre ergui a cabeça.
Choras, porque choras? Choro? Não, não choro.
É madrugada, não consigo dormir, penso em tudo o que se passa a minha volta, não encontro soluções, para já, resta-me esperar para solucionar tudo, pergunto-me se tu também vais esperar, eu sei que não, mas fico feliz não quero que sejas a prisioneira das minhas palavras, ou melhor, daquilo que não te disse. Entretanto ficam as dúvidas no ar do “talvez” e do “se”, mas isso não sei responder, não agora, talvez, se um dia existir o nós e não o eu e o tu.

quarta-feira, setembro 20, 2006

Onde estou?

Dei por mim a vaguear numa enorme planície pela noite olho para o céu está lua cheia, e esta parece estar muito mais perto da terra nunca a tinha visto daquele tamanho, a paisagem á minha frente parece tipicamente mediterrânea com oliveiras aqui e além, mas o cheiro é diferente, algo exótico, não consigo descortinar. Continuo a caminhar fascinado com aquele local, até que, certa altura começo a ouvir vozes não muito longe do sitio onde me encontro, decido ir em direcção aos sons.
Cada vez se torna mais forte o barulho, ouço guitarras, alguém a cantar, som de palmas, chegando mais perto daquele lugar observo então uma enorme fogueira com pessoas à volta, posso ver também carroças, tendas, alguns animais, cavalos talvez, cães, galinhas, de repente a música pára fui descoberto.
Uma bela mulher, jovem, dirige-se a mim o seu tom de pele é escura quase como morena, tem um cabelo longo e liso e uns olhos verdes como jade, pergunta-me sem medo quem sou, e se quero comer algo, sem saber porque eu aceitei, ao vê-la senti-me estranhamente reconfortado, seduzido, apaixonado e, talvez hipnotizado.
Sentei-me a volta da fogueira com os restantes membros daquela comunidade, trouxeram-me vinho e carne assada, e, eis, que começa outra vez a música num ritmo muito parecido com o flamenco, o som começa a envolver-me como se tivesse entrado em transe a mesma rapariga que falou comigo começa a dançar e vem lentamente aproximando-se na minha direcção, quando finalmente chega ao pé de mim senta-se e envolve-me nos seus braços, nunca me tinha sentido assim, não sei se seria do vinho, da música, da paisagem, mas havia algo ali que me completava.
A última coisa que me lembro é de adormecer aos braços dela, engraçado, aos braços dela, nunca lhe perguntei o nome, talvez seja melhor assim.
Onde estou?
Acordei. Estou em casa, deitado na minha cama, como pode ser? Sonhei? Sim só pode ser isso, foi tudo um sonho, do mais real e mais belo que tive um sonho uma historia fantástica, mas se assim é porque que ainda sinto o perfume que tanto me intrigou?

domingo, setembro 10, 2006

Consciência de ti

Porque que me deste consciência de ti, não queria saber que existias, mas mesmo assim tu apareceste. Serás tu fruto da minha consciência? Terás tu consciência de mim? Porque que apareceste? Sempre a ver-te, será que me vês? Tu que sorris quando passas por mim, sem no entanto estares a sorrir para mim. Porque que tive de te ver, olhar para ti todos os dias é como sofrer a pior das torturas, não ouso sequer chegar perto de ti. Tu qual deusa helénica de pura beleza me deixas sem palavras, não sei se sou capaz de te alcançar, aliás nunca tentei, serei eu masoquista, será que no mais intimo do ser gosto de sofrer, talvez, mas prefiro sofrer a perder uma ilusão e que numa resposta tua tudo possa desabar.

quinta-feira, agosto 31, 2006

Banco de Pedra

Cercado por arvores com vista para o rio que chamam Douro pintado pela suave melancolia nas sombras que cobrem o espaço onde se encontra o banco de pedra, frio e inerte. Que tem de especial um simples banco de pedra? A simplicidade é beleza, e aquele local simples mas belo consegue fazer-me sentir em paz em contacto com o meu ser mais profundo, deixa-me pensar, desabafar, sonhar, etc.
É reconfortante ter um lugar onde possa estar comigo mesmo sem preocupações, sem responsabilidades é como se o tempo parasse eu vivesse cada segundo como se fosse uma hora em que cada inspiração que faço é como se fosse a primeira e última, os sons à minha volta vão desaparecendo até ficar algo primordial e harmonioso, os restantes sentidos acompanham essa mutação até ficarem em sintonia até tudo ficar interligado e deixe de existir o eu e o espaço. Meu local de repouso de corpo e espírito.


quinta-feira, julho 13, 2006

Amiga

Quem és tu que entraste de rompante na minha vida, no momento em que não esperava conhecer mais ninguém? Quem foste tu para trazer de novo a sensação calorosa de poder partilhar sentimentos tão variados?
Eu respondo, uma amiga.
Guardo comigo todos aqueles momentos que já vivemos, da inocência e reserva da primeira conversa, aos longos desabafos pela noite dentro que levavam quase ao infinito, quebrados apenas pelo cansaço.
Nunca conheci ninguém como tu, alias nunca te vi de forma corpórea, por vezes fico a imaginar como é o teu sorriso, o som das tuas gargalhadas, a tua cara quando estás mais séria e triste, mas tudo isso perde a importância pois quando eu vejo aquilo que me dizes nada mais importa. Já rimos, já choramos, já pensamos, enfim tanta coisa, em ti descobri uma confidente, alguém com quem posso contar, uma amiga.
Só quero dizer que gosto de ti…. Amiga, gosto de ti de uma forma inocente, tal como uma criança gosta do seu amigo, não procuro em ti mais do que aquilo que és apenas aquilo que representas, e por isso mesmo te digo obrigado, mesmo que nunca te venha a ver obrigado, mesmo que não falemos durante muito tempo obrigado.
Obrigado por existires e seres quem és.
Onde quer que estejas um mando-te beijo.

quinta-feira, junho 29, 2006

Herois

Torre de luz, grifo que voa;
mar das tempestades;
onde dançam as mulheres;
na noite dos reis;
eis a minha fantasia.

Amor, ódio, paixão;
ilustres de outros tempos;
por vergonha ou desilusão;
mostrai aos vossos rebentos;
o espírito de uma nação.

terça-feira, junho 13, 2006

Belo

Mais uma tarde num dia qualquer sento-me numas escadas, o céu sobre mim está cinzento, sinto e inspiro fundo o cheiro da terra depois das primeiras chuvas durante o longo tempo de sol e calor, deixo-me leva por aquela fragrância natural que me envolve num momento de introspecção, de repente reparo que começou a chover.
As pessoas à minha volta procuram abrigo, correm, abrem os guarda-chuvas, nem sequer reparam na beleza da cena que de repente surgiu.
O cheiro da terra torna-se mais intenso, nesse momento levanto-me já todo encharcado e olho para o céu com a chuva a cair sobre mim, as pessoas que passam olham-me como se fosse um louco e afastam-se para se abrigarem, no entanto eu continuo imóvel a olhar o céu a sentir a agua sobre mim e o perfume que me rodeia, a imagem parece saída de uma tela de grande mestre e poderia estar em qualquer museu.
Como é belo o momento.
Como é belo estar vivo e poder contemplar e sentir aquilo que nos rodeia.

quinta-feira, junho 01, 2006

Quem és?


Não te conheço nem nunca te falei,
nunca me viste mas eu estou sempre a ver-te.
Quem és tu afinal?
Um sonho talvez, imaginação não és.

Acordei, sim és um sonho, é verdade.
Mas se os sonhos forem assim,
eu quero dormir só para te poder ver.

Não te conheço nem nunca te falei,
mas se um dia te vir fora de um sonho,
vou olhar para ti e tu vais-me ver,

vou olhar para ti dizer olá e sorrir.

terça-feira, maio 23, 2006

Dos Gardenias

É o titulo de uma bela música do conceituado grupo musical cubano Buena Vista Social Club que conta com artistas excelentes e únicos por exemplo Compay Segundo , Ibrahim Ferrer, Pio Leyva, entre muitos outros. Com um ritmo cubano-africano que nos dá o sabor da paixão e sensualidade latina, as suas belas melodias são sem dúvida inesqueciveis para os apreciadores do género como é o meu caso.
Aqui deixo a letra da música com a qual dei titulo a este "post".

Dos Gardenias

Dos gardenias para ti
con ellas quiero decir
te quiero, te adoro, mi vida.
Ponles toda tu atención
que seran tu corazón y el mio.
Dos gardenias para ti
que tendrán todo el calor de un beso
de esos besos que te dí
y que jamás te encontrarán
en el calor de otro querer.
A tu lado vivirán y se hablarán
como cuando estás conmigo
y hasta creerán
que se diran te quiero.
Pero si un atardecer
las gardenias de mi amor se mueren
es porque han adivinado
que tu amor me ha traicionado
porque existe otro querer.

quinta-feira, maio 18, 2006

Porto bela cidade.



Porto bela cidade que me fascina
nas tuas ruas estreitas húmidas e escuras
caminho a contemplar a luz ténue que te ilumina
tu que segues em frente, invicta, sem recuar.

Sinto o que sinto sem saber o que sentir,
viajo sem viajar, no tempo e no espaço,
por momentos fecho os olhos e sinto-me partir,
aqui e em qualquer lugar posso estar.

Mas…

Porto bela cidade que não cessas de me fascinar
sinto em mim que não te posso trair
tu que um dia me enfeitiças-te
tu que um dia me fizeste amar.

quarta-feira, maio 17, 2006

Tristeza

Acordei com o peso do mundo sobre os meus ombros, parece que nada me interessa realmente, só me apetece dizer adeus, abandonar, partir para outro lugar.
Sinto pressão de todos aqueles que conheço, tenho de manter uma aparência que não quero manter, não quero ser aquilo que os outros querem que eu seja, revejo-me muitas vezes como um palhaço triste, a imagem paradoxal de alguém que supostamente deve ter a alegria da vida mas que na verdade não tem motivos para sorrir.
Esta tristeza que me consome o corpo, que me corrompe o espírito, que me deixa vazio sinto como se fosse uma doença a espalhar-se.
Porque que estou assim? Não sei.

terça-feira, maio 16, 2006

O mais brilhante.

Todos temos um sonho, muitos de nós não conseguimos alcança-los, mas existe quem os persiga, que faça tudo para atingir o seu objectivo com toda a perseverança.
Por vezes vemos nessas pessoas algo de inatingível, mesmo estando ao lado delas, sentimo-nos diminuídos. Vemos uma capacidade de liderança tal e uma ideologia que nos “hipnotiza” e fascina que nos deixamos levar no sonho delas esperando atingir algo de incrível.
Mas quanto mais uma luz brilha maior é a sombra que tem. Nós também temos um sonho não temos de pertencer a quém quer que seja por muito simples que seja aquilo que almejamos não devemos ser aquilo que os outros querem que nós sejamos.
Eu sigo o meu caminho, faço o que tenho a fazer porque tem de ser e porque quero.

terça-feira, maio 02, 2006

Eventos a destacar no mês de Maio no Porto

Fazer a Festa - Festival Internacional de Teatro
Realiza-se numa “aldeia-teatral” sediada no Palácio de Cristal (em tendas especialmente montadas para o Festival, na Biblioteca Almeida Garrett e noutros espaços ao ar livre), onde criadores e companhias de teatro nacionais e estrangeiras apresentarão os seus espectáculos, que abarcam diversas disciplinas das artes de palco.
Iniciativa: Teatro Art'Imagem

Queima das Fitas - Semana Académica
Evento que durante uma semana movimenta cerca de 450 000 estudantes, e um número elevado de pessoas afectas à Área Metropolitana do Porto, números estes só possíveis de atingir dada a diversidade de eventos produzidos, não só em quantidade mas essencialmente em qualidade.
Iniciativa: Federação Académica do Porto

Meeting Internacional de Natação Cidade do Porto
Este evento, integrado no circuito mundial da modalidade, conta com a participação de cerca de 400 atletas. Como vem sendo habitual, a Piscina de Campanhã será o palco da competição.
Iniciativa: Associação de Natação do Norte de Portugal

Semana da Criança
Semana de animação dedicada exclusivamente às crianças e preenchida com diversas actividades, oficinas, espectáculos de magia, música e dança.
Iniciativa: Gabinete do Desporto

terça-feira, abril 25, 2006

25 de Abril Sempre

Para mim que não vivi este dia porque não era ainda nascido não posso sentir da mesma maneira que muitos outros sentiram. O que sei é que este foi um dos dias mais belos de sempre em Portugal, adorava ter vivido aquele dia de Abril em 1974, ter acordado no dia seguinte sabendo que agora estariamos a ter um novo rumo. Agora após 32 anos por muita desilusão que tenha havido nos caminhos que se seguiram este dia recorda sempre que enquanto estivermos dispostos a lutar poderemos sempre melhorar o nosso futuro.
Obrigado a todos aqueles que fizeram a Revolução.
Obrigado Portugal.
Obrigado.

sábado, abril 15, 2006

Perdição

Na tua vida
Pensas que sabes tudo
Pensas que controlas tudo
Mas no fundo da tua alma
Estas a perder-te

quarta-feira, abril 12, 2006

Será tudo um sonho?

Todos temos uma história.
A vida é apenas um sonho.
Diz-me de novo se estou acordado.
Diz que nos vemos mais tarde.

segunda-feira, abril 10, 2006

Uma pequena história.

Era uma vez um gato tigrado, este gato morreu um milhão de mortes e renasceu um milhão de vezes, ele pertenceu a muita gente pelas quais não se interessava.
O gato não tinha medo de morrer, um dia tornou-se livre, um gato vadio.
Ele conheceu uma gata branca e ambos passaram os seus dias felizes os anos foram passando e a gata branca morreu de velhice.
O gato tigrado chorou um milhão de vezes e depois... morreu.
Nunca mais voltou a viver.

sábado, abril 08, 2006

Janela




segunda-feira, abril 03, 2006

La soledad


Viniste a mi Como poesia en la cancion
Mostrandome Un nuevo mundo de pasion
Amandome Sin egoismo y sin razon
Mas sin saber Que era el amor Yo protegi mi corazon
El sol se fue Y yo cantando tu cancion
La soledad Se aduena de toda emocion
Perdoname Si el miedo robo mi ilusion
Viniste a mi No supe amar Y solo queda esta cancion
Viniste a mi Como poesia en la cancion
Mostrandome Un nuevo mundo de pasion
Amandome Sin egoismo y sin razon
Mas sin saber Que era el amor Yo protegi mi corazon
El sol se fue Y yo cantando tu cancion
La soledad Se aduena de toda emocion
Perdoname Si el miedo robo mi ilusion
Viniste a mi No supe amar Y solo queda esta cancion

domingo, abril 02, 2006

Intimidade

Fim de tarde num dia de Outono, estou numa praia qualquer. Fechei os olhos!
Sinto tudo de uma forma diferente, o som, os cheiros, consigo escutar-me.
Este novo mundo empírico que me rodeia e que me faz ver as coisas por outro prisma.
Imagino mil e uma coisa, recordo-me de tudo aquilo que já vivi, paixões, amizades, alegrias, tristezas, conversas, acções, etc.
Depois? Depois fica o vazio, por momentos tudo fica negro. Não surge nada, apenas ficam as sensações, o vento com sabor a maresia que me toca o corpo, o cheiro, a areia, as ondas…
Já nada tem valor, as minhas memórias, o “eu”, nesta altura já não faço parte de nada, faço parte de tudo.
Neste momento de intimidade, de introspecção entre velhos amigos que apenas se sentem como elementos e que se complementam sem nunca trocarem palavras, apesar de já muito terem falado.
Eu, o Mar, a Terra e o Céu
Já abri os olhos e digo-lhes:
“Quando eu partir não se esqueçam de mim.”


sexta-feira, março 31, 2006

Aspettami

Aspettami
Wait for me
I've been lost
Adrift at sea
In your dreams
Dream my way
Someday I'll find my heart
And come back to stay

Do you miss me
My darling
As I miss you
Take my hand
And pull me near
And never let me go again my dear

There was a time
I was safe in your arms
And the stars fell away like diamonds
Then we were young
And our love was younger still
Was it just an illusion

Aspettami
Wait for me
Close your eyes
And you will see
I'm coming home
Every sky in my heart will be blue
On the day I come back to you

I'm coming home
Every sky in my heart will be blue
On the day I come back to you

quinta-feira, março 30, 2006

Leões Alados


segunda-feira, março 27, 2006

Consciência



A noite já caiu, o silêncio é quase total, pelas tuas ruas agora quase despidas de vida apenas deambulam os fracassos, os teus pesadelos, a outra face que nem todos ousam ver. A tua beleza gótica que durante o dia quase ninguém repara durante a noite tem o seu expoente, as ruas, vielas, calçadas, tudo se transfigura.

O teu mundo na escuridão é frio mas mesmo assim tu abraças aqueles que por ti caminham sem rumo, fazendo aquilo que nós não fazemos e que nos leva a virar a cara, para evitar.

Engraçado!?

Não percebo, se tu és a criação do homem, porque que demonstras mais sentimentos que o teu próprio criador, terás tu uma consciência, ou não terá o teu criador consciência de ti?

domingo, março 26, 2006

Foto - 5

sexta-feira, março 24, 2006

Foto - 4

quarta-feira, março 22, 2006

Foto - 3

segunda-feira, março 20, 2006

Foto - 2

quinta-feira, março 16, 2006

Foto - 1

Informação

Venho informar que a partir de agora o autor deste blog também vai passar a publicar fotografias algumas poderão ser relacionadas com o Porto outras nem tanto, mas assim vai servir para duas paixões a cidade e fotografia.
Obrigado.

terça-feira, março 07, 2006

Gastronomia - Francesinha

A Francesinha é um prato tipicamente portuense. Pessoalmente é um prato que gosto e quando se vai jantar em convívio com amigos não nada melhor que uma francesinha para animar o espírito de uma saída. Muitas boas noitadas começam com este manjar.
Assim sendo em homenagem a todas aquelas vezes em que tive grandes momentos de convívio e paródia, aqui fica a receita deste prato.


Ingredientes para o molho:
1 cerveja
1 caldo de carne (knorr)
2 folhas de louro 1 colher de (sopa) de margarina
1 calice de Brandy ou Porto
1 colher de (sopa) de maizena
2 colheres de (sopa) de polpa de tomate
1/2 copo ( +- 1dl ) de leite piri-piri q.b.
chouriça ou presunto

Ingredientes para a Sandes:
Sandes para 1 Pessoa 2 fatias de pão de forma não fatiado
fiambre q.b.
queijo q.b.
salsichas q.b.
linguiça q.b.
carne assada ou bife q.b.

Confecção:
Dissolve o caldo Knorr na cerveja, leva ao lume e vai juntando os outros ingredientes. Por fim dissolve bem a maizena com leite frio e junta-a ao preparado mexendo sempre até engrossar um pouco. Antes de servir retira-lhe o louro e a chouriça.Fazer uma sandes com os ingredientes cobrir com queijo, colocar no centro de um prato e regar com o molho, e levar ao forno a gratinar.

quinta-feira, março 02, 2006

Palácio de Cristal - Pavilhão Rosa Mota


Falar do Palácio de Cristal é sempre uma entrada na porta do passado e recordar as suas origens, pois a sua primitiva construção não teve, nem tem relação com a actual utilidade. Inicialmente a construção do edifício do Palácio destinava-se à realização de exposições industriais, agrícolas e artísticas.
O edifício, inaugurado a 3 de Setembro de 1861 por el-rei D. Pedro V, era constituído por uma grandiosa obra de pedra, ferro e cristal, orçamentada em 108 contos. Media 150 metros de cumprimento por 72 metros de largura e era dividido em três naves. Ao fundo da nave central erguia-se um magnifico órgão, justamente considerado como um dos melhores do mundo e cujo destino se desconhece.
A 18 de Setembro de 1865 é realizada a primeira Exposição Internacional Portuguesa em que participaram mais de 3000 expositores nacionais e estrangeiros. Depois desta outra lhe seguiu como foi o caso da exposição da Rosas, em 1879 e a Exposição Agrícola em 1903.
Mas em 1933 a Câmara Municipal comprou o Palácio e os seus terrenos e por deliberação da mesma, sob a presidência do Coronel Lícinio Presa, o edifício de Cristal foi condenado à demolição em Dezembro de 1951, dando lugar a um Pavilhão dos Desportos que iria permitir a realização dos Campeonatos Mundial e Europeu de Hóquei em Patins em 1952.
No entanto todo o envolvente do palácio permaneceu estonteante, os jardins cobertos de magnificas plantas e sumptuosas arvores, são, ainda hoje, dignas de realce as longas avenidas da entrada decoradas com plátanos e tílias frondosas.
Cada recanto, cada jardim tem uma magia distinta.
A localização deste edifício sobre o Douro dá-lhe o poder de dominar um vasto horizonte, que abrange parte da cidade, a vizinha cidade de Gaia e a maravilhosa Foz do Rio Douro, um panorama sem rival, que não se consegue descrever mas do qual os olhos não se cansam de mirar.
No interior dos jardins foi mandado edificar, pela princesa de Montléart, a capela de Carlos Alberto da Sardenha, que lá repousa desde 1849, data da sua morte. A capela de granito, em linhas e adornos de influência italiana, encontra-se junto ao lago.
Actualmente e preservando no coração da cidade um lugar de grande atracção turística, o Pavilhão dos Desportos é um lugar de passeio das famílias portuenses, principalmente aos domingos. Na parte inferior do parque foi construído um parque infantil e um pré-fabricado que tem como função receber as crianças e proporcionar-lhes momentos de alegria e divertimento em constante contacto com a natureza.

in Porto XXI

sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Sentimento...

Não sei porque? Às vezes pergunto a mim mesmo qual é o fascínio que encontro neste local. Não sei explicar, eu simplesmente sinto e sei que gosto. Passear pelas ruas, olhar para as pessoas, ver os edifícios, o cheiro das coisas e tantas situações que se encontram por aí fora. O Porto é uma cidade cheia de vitalidade e força. O Porto é uma forma de vida, uma forma de estar e uma forma de ser. Muitas vezes tomamos como garantida a sua existência, que nem nos damos ao trabalho de visitar a cidade com mais atenção, sabemos que lá estaremos, mas podemos chegar ao fim sem reparar nos pequenos pormenores que tornam este local fantástico e quase místico.
Por vezes dou por mim parado num local a contemplar aquilo que me rodeia e quase se consegue imaginar como foi a sua evolução durante os tempos.
Mais do que sentir o Porto, eu amo o Porto.
Não nego a beleza dos outros locais do país mas este local, esta cidade consegue transmitir-me algo inexplicável.

quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Festas da Cidade - S. João

Dos santos populares de Junho o dia 24 de Junho foi consagrado a São João Baptista por ser a data do seu nascimento sendo que é também o que mais se festeja na Europa – João, Joan, Jean, John, Iván, Sean, consoante o país onde a festa aconteça, mas apesar de ser o padroeiro de muitas terras, na noite de São João, a cidade do Porto é a que mais festeja!
S. João tripeiro é uma grande manifestação de massas, eminentemente festiva, de puro cariz popular e que dura toda uma noite, com uma cidade inteira na rua, em alegre e fraterno convívio colectivo.
Nas ruas os foliões passeiam o alho-porro, os martelos de plástico, compram manjerico e comem sardinha assada, aliás, é com uma boa sardinhada e um bom caldo verde que começa a farra! Fazer subir balões confeccionados com papéis de várias cores que passeiam no ar como sóis iluminados sob o impulso do fumo e o calor de uma chama que consome uma mecha de petróleo ou resina. É este cheiro a gente, a manjerico e erva
cidreira, é esta poesia popular impregnada do espírito folião do povo que enche Junho no Porto e se expande do coração da gente, sobe ao ar como um fogo de artifício que ilumina a noitada.
Tudo começa na Ribeira, mas depois do Fogo de Artifício, todos os anos à meia-noite em ponto, a festa espalha-se pelos quatro cantos da cidade e só termina ao nascer do sol.
As rusgas de São João espalham-se de bairro em bairro, de freguesia em freguesia.Nas ruas mais centrais que, nessa noite, até ao nascer do sol, registam invulgares enchentes de povo, aparecem à venda as ervas santas e plantas aromáticas com evidente predominância do manjerico, a planta símbolo por excelência desta festa; o alho-porro, os cravos e a erva-cidreira. E para espantar o cansaço vai-se parando nos bailaricos de bairro, salta-se a fogueira e pára-se nas tasquinhas que se espalham pela cidade!
E no Porto a festa tem como ponto de honra as Cascatas S. Joaninas (colocar a imagem do Santo num altar com o seu inseparável carneirinho e um sem fim de elementos que simbolizam o arraial) e que servem de disputa entre freguesias e bairros num concursos de beleza e homenagem
Manda a tradição que a festa culmine com um banho de mar na Foz!
E no dia do padroeiro o manjar tradicional é o anho ou cabrito assado com batatas assadas e arroz de forno.
A festa de São João dá inicio às festas do Verão, daí as fogueiras e todas as "loucuras" da noite deste santo popular.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

A Pronúncia do Norte

Há um prenúncio de morte
Lá do fundo de onde eu venho
Os antigos chamam-lhe renho
Novos ricos são má sorte

É a pronúncia do Norte
Os tontos chamam-lhe torpe

Hemisfério fraco outro forte
Meio-dia não sejas triste
A bússula não sei se existe
E o plano talvez aborte

Nem guerra, bairro ou corte
É a pronúncia do Norte

Não tenho barqueiro nem hei-de remar
Procuro caminhos novos para andar
Tolheste os ramos onde pousavamD
a Geada as pérolas as fontes secaram

Corre um rio para o mar
E há um prenúncio de morte

E as teias que vidram nas janelas
esperam um barco pareceido com elas
Não tenho barqueiro nem hei-de remar
Procuro caminhos novos para andar

E É a pronúncia do Norte
Corre um rio para o mar



GNR & Isabel Silvestre : Pronúnicia do Norte
Música: Tóli César Machado
Letra: Rui Reininho
In: "rock in rio Douro", 1992

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Amor é fogo que arde sem se ver

Hoje sendo dia dos namorados da representação da paixão e do amor, quis deixar aqui um poema dedicado aquela que eu nunca traírei, a minha cidade, Porto da minha alma.


- imagem da Foz do Porto -

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;


É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;


É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.


Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Porto: um vinho com história


Ao longo de quase dois milénios, fez-se, na encostas xistosas do vale do Douro, uma paisagem vitícola singular, um vinho excepcional. Mais do que um dom da natureza, o vinho do Porto é, na sua essência, essa espessura histórica, um património cultural colectivo de trabalho e experiências, saberes e arte, que gerações e gerações acumularam. O vinho do Porto foi e é um produto chave da economia nacional e ainda mais um valor simbólico que distintamente representa a portugalidade no mundo.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Síntese da História do Porto.

A conquista de Portucale em 868 por Vímara Peres, guerreiro de Afonso III, de Leão, é aqui considerada, com razão, acontecimento da mais antiga História do Porto. A povoação de Portucale in Castro novo era desde a segunda metade do séc. VI, desde os tempos dos Suevos, sede da Diocese Portugalense, mas a partir de 868 a sua importância aumenta: torna-se o centro do movimento de reconquista e de aglutinação das terras circundantes, as quais por tal facto em meados do séc. X passam a constituir a província portugalensis, a cujos habitantes logo se dá o nome de portugalenses, e entre os quais começam a surgir as primeiras e vagas manifestações de sentimento nacional. Portucale, foi, por isso, na verdade, quem deu nome e origem à Nação Portuguesa! Em 1120, a Rainha D. Tareja viúva do conde D. Henrique, doa ao Bispo D. Hugo e os seus sucessores o pequeno Burgo do Porto e um Couto a que o Bispo dá Foral em 1123, e cujos limites D. Afonso Henrique mais tarde confirmou e ampliou. Em 1147 entraram no Douro os Cruzados nórdicos que faziam parte da Segunda Cruzada à Terra Santa e é o Bispo do Porto D. Pedro Pitões quem lhes prega no Crasto de Portucale, no alto do monte, em frente da Sé, um eloquente sermão, exortando-os a irem auxiliar D. Afonso Henrique na conquista de Lisboa; depois o Bispo Portugalense acompanha a armada e toma parte na bélica empresa. Caída em poder dos Cristão a formosa Princesa do Tejo, entrou o Porto rapidamente a desenvolver-se. Cresce em população e importância económica, e os burgueses envolvem-se em questões e em lutas com os seus Bispos, aos quais, aliás, o Burgo devia, mas de cuja subordinação temporal os revoltosos anseavam libertar-se. Não raro o Rei serviu de medianeiro entre as partes desavindas, sendo D. João I quem, ao cabo de dois séculos, faz terminar essas contendas, consentindo em comprar aos Bispos do Porto o direito à jurisdição temporal que estes diziam ter sobre o Burgo e respectivo coutos. Ao mesmo Mestre de Avis, porque se apresentava como Regedor e Defensor de Portugal contra os Castelhanos, o Porto prestara tais serviços na crise de 1383-1385, que dele recebeu o título de MUI NOBRE E SEMPRE LEAL CIDADE. Segue-se o Ciclo das Conquistas e Descobrimentos Ultramarinos. Da mesma forma que do norte do país tinham saído os guerreiros que conquistaram o sul aos Mouros, também do Norte, onde nasceu o portuense Infante D. Henrique e tantos navegadores, partiu um decisivo impulso para as grandes navegações marítimas; o Porto, no séc. XV, era uma das cidades das Espanhas onde mais navios se fabricavam e donde mais marinheiros saíram. Mas nem só o comércio e as navegações interessavam aos burgueses do Porto. Também entre eles houve muitos e excelentes cultores das Belas-Artes que honraram a cultura nacional, desde, segundo é fama, o Vasco de Lobeira, do Amadis de Gaula, até aos poetas do Cancioneiro de Garcia de Resende como Diogo Brandão e Fernão Brandão, ou ao celebrado Pero Vaz de Caminha, autor insigne da Carta do Achamento do Brasil, mundialmente conhecida e admirada. Quando, após o cativeiro filipino, Portugal recupera a independência, o Porto assume entusiasticamente um papel de relevo nas lutas da Restauração e sustenta à sua custa um Terço de Tropas. Pela Pátria, o Porto solta em 1808 o grupo de revolta contra Junot e sofre em 1809 todo o peso da invasão de Soult, bem como as suas trágicas consequências. Mas nem tudo são guerras na História do Porto. Na segunda metade do séc. XVIII a Cidade, que se enriquecera extraordinariamente, cresceu, monumentalizou-se, modernizou-se graças aos Almadas: e no séc. XIX o Porto deu à Nação poetas como Garrett e criou escultores da grandeza de Soares dos Reis. É claro que na base de todas as acções colectivas dum povo está o próprio povo: a gente obscura, cujos nomes não ficaram na história, mas que trabalhou, sofreu e se sacrificou, que deu a sua fazenda, as suas forças e a sua vida para que as pátrias fossem gloriosas e grandes. Não o esqueceu Guilherme Camarinha, nas tapeçarias da Câmara Municipal do Porto, pois colocou em lugar de relevo na base da sua assombrosa composição os lavradores, os mesteirais, os carpinteiros, os petintais, os carniceiros, a trabalhar na preparação da armada que da Ribeira do Douro no ano de 1415 partiu para Ceuta sob o comando do Infante D. Henrique.
O povo do Porto, entre cujas qualidades avulta a de um profundo sentimento de civismo, deu quanto tinha para o aparelhamento e abastecimento desses navios; generosa e patrioticamente os portuenses cederam toda a carne das rezes, e porque, para sua alimentação, só ficaram com as vísceras desses animais, ganharam um epíteto que é o seu mais lídimo título de orgulho: - o de Tripeiros!


Fonte - http://www.portoturismo.pt/

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Gastronomia - Bacalhau à Gomes de Sá

Gomes de Sá era um comerciante do Porto nos finais do Séc. XIX. A ele se deve esta receita de bacalhau que, segundo a lenda, terá sido criada com os mesmos ingredientes (à excepção do leite) com que semanalmente fazia os bolinhos de bacalhau que deliciavam os amigos. Com efeito, os ingredientes são os mesmos, mas a receita resulta de uma confecção cuidada e de grande requinte. A receita que se segue é retirada de um manuscrito atribuído ao próprio Gomes de Sá que terá dado a receita a um seu amigo, João, com a deliciosa nota: "João se alterar qualquer cousa já não fica capaz"


Receita original
“Pega-se no bacalhau demolhado e deita-se numa caçarola. Depois cobre-se tudo com água a ferver e depois tapa-se com uma baeta grossa ou um pedaço de cobertor e deixa-se então assim sem ferver durante 20 minutos. A seguir, ao bacalhau que está na caçarola e que devem ser 2 quilos pesados em cru, tiram-se-lhe todas as espinhas e faz-se em lascas e põe-se num prato fundo cobrindo-se com leite quente, deixando-o em infusão durante uma hora e meia a duas horas.Depois em uma travessa de ir ao forno, deita-se três decilitros de azeite fino do mais fino (isto é essencial), quatro dentes de alho e oito cebolas alourar. Ter já dois quilos de batatas (cortadas à parte com casca) às quais se lhes tira a pele e se cortam às rodelas da grossura de um centímetro e bota-se as batatas mais as lascas do bacalhau que se retiram do leite. Põe-se então na mesma travessa no forno, deixando-se ferver tudo por dez a quinze minutos. Serve-se na mesma travessa com azeitonas grandes pretas, muito boas e mais um ramo de salsa muito picada e rodelas de ovo cozido. Deve-se servir bem quente, muito quente.”


Mais informações em http://www.portoturismo.pt

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Gentes do Porto - Rui Veloso

Considerado como o "pai do rock português", este compositor e intérprete, nascido em 1957, criou uma verdadeira ruptura na música portuguesa com o disco Ar de Rock (Abril de 1980 ).
Canções como Chico Fininho e A Rapariguinha do Shopping tornaram-se, assim, clássicos da década.

As suas letras, geralmente escritas por Carlos Tê, encontram-se fortemente marcadas pela cultura e pelo imaginário do Porto. Este amador incondicional dos blues, igualmente fascinado por Jimmy Hendrix e que já tocou ao lado de B. B. King, tornou-se também um dos músicos portugueses mais produtivos, como testemunha a sua já longa discografia.

sábado, janeiro 07, 2006

Museu do Vinho do Porto

Dados retirados do site da C.M. Porto

Rua de Monchique, 45-524050-394 Porto
Tel.: 222076300
Fax: 222076309

Horário: Terça-feira a Domingo, das 11h00 às 19h00.
Fechado à Segunda-feira e feriados.

O Museu do Vinho do Porto, não é um museu da vinha e sua produção, mas do Vinho do Porto, sua actividade comercial com as naturais repercussões no desenvolvimento histórico da cidade.
Instalado no armazém do Cais Novo, mandado construir junto à casa com o mesmo nome, por iniciativa da família duriense Pinto da Cunha Saavedra, para depósito dos vinhos pertencentes à Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, criada pelo Marquês de Pombal, a cuja direcção esta família esteve ligada desde as suas origens em 1756.
A riqueza arquitectónica da sua construção e importância enquanto armazém de vinhos provenientes do Alto Douro e na história comercial da cidade, traduz-se num espaço por excelência para a localização do Núcleo Comercial – Museu do Vinho do Porto.
Os mesmos armazéns foram, entre 1822 e 1872, pela insuficiência de espaço para recolha da carga dos muitos navios que afluíam à cidade, depósito da alfândega do Porto, para os géneros coloniais, passando a ser conhecidos por Alfândega de Massarelos.

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Os Tripeiros. - Porque?

Os habitantes do Porto são conhecidos como Tripeiros, devido aos sacrifícios que fizeram para ajudar o exército que conquistou Ceuta em 1415. Diz-se que eles deram toda a comida boa às tropas e apenas ficaram com a tripa para comer. Por essa razão, actualmente, um dos pratos mais tradicionais da cidade são as "tripas à moda do Porto".

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Teatro Nacional de S. João

Na Primavera de 1762, uma companhia lírica foi responsável pelo acontecimento cultural do Porto. Mademoiselle Guitini, senhora de uma beleza excepcional, cantou no que foi o primeiro teatro lírico português, actualmente desaparecido. O filho do governador da cidade, Francisco de Almada, aplaudiu-a, ganhou os seus favores e não se esqueceu da actriz, quando o Teatro de S. João foi inaugurado em 1798, na actual Praça da Batalha, houve quem pensasse que prestava assim homenagem à cantora. Este teatro, que se tornou o ponto de encontro obrigatório da geração romântica, foi destruído por um incêndio numa noite de Abril de 1908.

Hoje, o edifício totalmente reconstruído pelo arquitecto Marques da Silva (1869/1947) é um dos principais edifícios da cidade e local de realização dos principais espectáculos culturais da cidade. Nele encontra-se a Companhia Nacional do teatro S. João.