domingo, outubro 08, 2006

Talvez

Vieste até mim guiada por algo que não se compreende, chegaste e eu estou aqui tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe. Nunca pediste muito de mim, tudo que querias era ouvir as palavras que nunca te disse, estranho, as palavras por vezes custam sair, e quando saem nunca são aquilo que esperávamos. Dentro de mim existe uma tempestade que não me permite responder, o medo do passado que me assombra, o medo do futuro, talvez, mas não me parece porque sempre ergui a cabeça.
Choras, porque choras? Choro? Não, não choro.
É madrugada, não consigo dormir, penso em tudo o que se passa a minha volta, não encontro soluções, para já, resta-me esperar para solucionar tudo, pergunto-me se tu também vais esperar, eu sei que não, mas fico feliz não quero que sejas a prisioneira das minhas palavras, ou melhor, daquilo que não te disse. Entretanto ficam as dúvidas no ar do “talvez” e do “se”, mas isso não sei responder, não agora, talvez, se um dia existir o nós e não o eu e o tu.